Médica oftalmologista do Hospital de Olhos Lions alerta que número de casos aumenta durante a estação mais florida do ano
A primavera, estação conhecida pelo colorido das flores e pelo aumento gradativo das temperaturas, iniciou no hemisfério sul nesta quarta-feira, 22 de setembro, às 16h21min. Ao mesmo tempo que a floração torna as paisagens verdadeiros cartões postais, para muitos, é o motivo de complicações como coceiras, alergias, dentre outros problemas. Para a médica oftalmologista do Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto Lions, Dra. Cristina Cagliari, o monitoramento dos sintomas e a supervisão de um profissional devem sempre ser observados nesta época.
De acordo com Cristina, as alergias oculares são caracterizadas pela hipersensibilidade do corpo frente a algum elemento externo a ele.
“Identificamos as alergias através de sintomas sentidos pelo paciente e sinais específicos analisados pelo médico oftalmologista. Os sintomas mais frequentes são coceira ocular e sensação de corpo estranho. Os sinais comuns são vermelhidão ocular e inchaço das pálpebras”, explica.
A primavera, no entanto, torna a presença de elementos externos ainda mais intensa e frequente. Segundo a médica oftalmologista, existem diferentes tipos e causas de alergia ocular.
“No tipo primaveril, o pólen é encontrado em maior quantidade no ar durante a primavera e é normalmente o responsável por causar as crises. Os outros tipos de conjuntivite alérgicas são a sazonal (associada a rinite alérgica e asma), atópica (associada a alergias de pele) e papilar gigante (associada ao uso de lentes de contato)”, detalha Cristina.
O que não deve ser feito em caso de alergia ocular
O ato de coçar os olhos de forma intensa e a automedicação para tratar alergias oculares são os dois principais problemas observados por Cristina. A oftalmologista alerta que em ambos os casos, o paciente poderá enfrentar consequências que podem perdurar mesmo após a alergia passar.
“Não devemos coçar os olhos em hipótese alguma, muito menos usar colírios sem indicação médica, salvo as lágrimas artificiais. A minha principal orientação é: consultar um oftalmologista. Existem tratamentos específicos e que devem ser individualizados pelo médico, porém a precaução é o mais importante”, reforça a especialista.
A oftalmologista alerta que a utilização indiscriminada de colírios com corticosteróides pode causar complicações como glaucoma e catarata.
Dicas de como lidar com as alergias oculares na primavera
Algumas ações podem ser adotadas para amenizar os sintomas das alergias oculares na primavera, e que podem ser adotadas ao longo do ano todo. Confira as recomendações da Dra. Cristina Cagliari.
1) Em todos os casos, evite coçar os olhos;
2) Use lágrima artificial e mantenha uma higiene adequada das pálpebras;
3) A boa alimentação também é importante, uma vez que ajuda na produção de uma lágrima de qualidade;
4) Consulte um oftalmologista com frequência;
5) Usar medicação sem orientação médica é perigoso. Existem colírios, como os corticosteróides, que são usados para tratar crises de alergias, porém não devem fazer parte da rotina do paciente.