Alto índice de faltas em consultas via SUS preocupa

Alto índice de faltas em consultas via SUS preocupa
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Número de pacientes que deixam de ir em consultas oftalmológicas pelo Sistema Único de Saúde é alto. Instituição ressalta importância da assiduidade em relação às consultas

A realidade de quem necessita agendar uma consulta pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é semelhante, e geralmente, está atrelada ao período em que o paciente precisa aguardar na fila de espera por um atendimento gratuito. Mesmo diante da dificuldade de encontrar celeridade no processo, uma parcela considerável de pacientes que conseguem agendar uma consulta faltam no dia marcado para o atendimento, prática que prejudica o andamento e torna mais grave o tempo de espera.

No ano passado (2017), o Hospital de Olhos Dyógenes Martins Pinto Lions ofertou via SUS, 15.743 vagas para consultas e retornos à pacientes oriundos de 62 municípios da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde. Deste total, 2008 pessoas não compareceram nas datas e nos horários agendados para os procedimentos solicitados. O índice de abstenção chegou a 12,75%, segundo o Serviço de Estatística da entidade. A cidade com maior taxa de faltas é Passo Fundo, responsável por cerca de 14% do número total de ausências. A entidade atende também 143 municípios da macrorregião Norte do RS, pertencentes ao Distrito Lions LD-7.

O fechamento das informações referentes ao mês de outubro deste ano indica que o número de faltas segue aumentando. Foram 986 atendimentos via sistema público de saúde ofertados, destes, 129 pacientes faltaram, o que na prática, equivale a 13% do total de procedimentos agendados pelo SUS. Passo Fundo, novamente, foi responsável pela maior parcela de ausências, contribuindo com 15% na taxa final.

O contexto demandou do Hospital de Olhos uma nova estratégia para reverter a situação retratada pelas estatísticas. O administrador da instituição, Ivan Freitas, atenta para a responsabilidade de comparecer às consultas. “Nós buscamos sempre esta conscientização dos pacientes que conseguem agendar uma consulta pelo SUS e depois desistem. Sempre que se perde um atendimento, é preciso lembrar que tem outras pessoas na fila, talvez com maior urgência que aquele que faltou”, observa.

Freitas reforça que o Hospital de Olhos dispõe de alta tecnologia que pode ser acessada tanto via SUS quanto pelos convênios ou procedimentos particulares. “O paciente SUS recebe o mesmo tratamento, com a qualidade que já tornou o Hospital referência. Os profissionais são excelentes, por isso, mesmo que o paciente agende pelo sistema público, ele estará assessorado pelos melhores profissionais e por uma estrutura de referência. Faltar a consulta é abrir mão de tudo isso. Não podemos deixar que ocorra”, adverte.

Medidas

Além da conscientização dos pacientes, o Hospital de Olhos promove campanhas para diminuir os índices de faltas em consultas via SUS, por meio de sua equipe de profissionais e nas redes sociais. Outro trabalho que é realizado diz respeito ao envio de mensagens de texto aos pacientes em data anterior a consulta, para reforçar o lembrete do atendimento já agendado. Neste contexto, a equipe da instituição lembra da importância de manter os dados dos usuários sempre atualizados, principalmente, com o número de telefone cadastrado corretamente. Esta dinâmica facilita o contato dos profissionais na hora de acompanhar os pacientes.

Cobertura SUS

De acordo com o Serviço de Estatística do Hospital de Olhos, no ano passado, o cálculo de atendimento medido por paciente-dia, via Sistema Único de Saúde (SUS), atingiu o percentual de 75,24% e ressalta a importância da filantropia para a comunidade regional. Do total de atendimentos em 2017, a instituição realizou 4,1 mil cirurgias, 26,9 mil consultas, 68,8 mil exames e 3,7 mil terapias. Foram 103.691 atendimentos realizados pela instituição hospitalar no ano passado. Com este número, o Hospital de Olhos atinge a marca de 1 milhão e 100 mil atendimentos desde que iniciou as atividades ambulatoriais em 1999.

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