Graduado em Medicina pela Universidade de Passo Fundo (UPF), o médico Eduardo Kuchockowolec é especialista em Retina, com residência e especialização na área feitas no Hospital dos Servidores do Estado, no Rio de Janeiro. Em sua sub-especialidade, trata de uma das regiões mais sensíveis da oftalmologia, na qual o avanço tecnológico oferecido no Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto é diretamente responsável pela resolutividade dos tratamentos. “A retina é extremamente sensível e nós trabalhamos muitas enfermidades em um nível celular. Então, a tecnologia, os equipamentos de ponta, são extremamente importantes para um diagnóstico preciso. E isso nós dispomos aqui no Hospital de Olhos”, pontua ele.
Kuchockowolec explica que a retina é uma membrana muito fina, flexível e delicada que reveste a superfície interna da parte posterior do globo ocular. Nela, relata o médico, existem receptores fotossensíveis que convertem a imagem luminosa vinda do exterior em impulsos elétricos que, através do nervo ótico, são enviados para área do cérebro em que se processa a visão. “Existem várias doenças que acometem o segmento posterior do olho e que podem ser tratados clinica ou cirurgicamente, dependendo do grau e da intensidade da enfermidade”, afirma, complementando que uma das principais causas de problemas que podem levar a cegueira relacionam-se com a retina.
O especialista argumenta que o diabetes, por exemplo, é uma patologia comumente responsável pela perda total e irreversível da visão justamente por interferir no funcionamento da membrana e das células do globo ocular. “É um problema que atinge milhares de pessoas no mundo todo”, cita Kuchockowolec, observando ainda que uma segunda enfermidade bastante comum é a degeneração da retina provocada pela idade. “Com o avanço da idade as células da retina vão envelhecendo e isso provoca a cegueira. Ambas não tem cura, mas há tratamentos que evitam a progressão e permitem uma melhor qualidade de vida dos pacientes. Por isso, nós sempre reforçamos a importância dos diagnósticos precoces e precisos”.
Descolamento de retina
Kuchockowolec destaca que tem participado de inúmeros congressos médicos que ocorrem no país e a tecnologia presente no Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto para retardar os efeitos das patologias que acometem a retina são iguais ou superiores aos utilizados em grandes centros clínicos do Brasil. “Estive no Rio de Janeiro, recentemente, participando de um congresso nacional e o que pude observar é que dispomos dos melhores e mais modernos equipamentos. Isso é essencial para tratamentos como os de descolamento de retina”, avalia.
Conforme o especialista, a retina não possui nenhum elemento de fixação especial que a prenda ao globo ocular. “É o vítreo, uma substância transparente, situada entre ela e o cristalino, que a mantém na posição anatomicamente adequada, ou seja, em contato com outras estruturas que lhe garantem suporte e nutrição (vasos sanguíneos e nutrientes). O descolamento de retina ocorre quando há o desprendimento dessa estrutura da superfície interna do globo ocular, interrompendo o fornecimento de nutrientes e promovendo a degeneração celular”, esclarece Kuchockowolec, que há 16 anos atua no Hospital de Olhos. “Nesse período, a instituição avançou muito em termos de tecnologia. Hoje, é possível fazer todos os tratamentos e diagnósticos das doenças oculares sem ter que deslocar o paciente para outros locais”.
Ainda segundo o médico, a oftalmologia depende muito de recursos em equipamentos. “A oftalmologia é uma especialidade microscópica, por isso é necessário investir muito em tecnologia. E isso ocorre no Hospital de Olhos, o que nos deixa muito bem preparados para atender os pacientes”, reforça Kuchockowolec.
Saiba mais sobre a retina
Para explicar mais sobre a retina, a Revista do Hospital de Olhos pediu ao médico especialista, Eduardo Kuchockowolec, que falasse a respeito desta região ocular e o problema do descolamento retinal. Confira outras informações úteis!
Causas
De acordo com o especialista, a maioria dos casos de descolamento de retina é causada pela presença de um ou mais buracos na retina. Com o envelhecimento da pessoa, pode haver um afinamento de algumas áreas da retina. Junto a isso ocorre a contração do vítreo, provocando tração sobre a retina e, consequentemente, o aparecimento dos buracos. A contração do vítreo pode ser causada por miopia, inflamação, trauma ou com o próprio envelhecimento. Uma vez que aparece o buraco retiniano, a parte líquida do vítreo passa através dele separando a retina da parede posterior do olho. Isto causa o descolamento. A parte da retina descolada não funciona e vai aparecer uma imagem borrada ou mancha escura na visão. Em alguns olhos o aparecimento súbito de manchas ou raios de luz, podem indicar uma contração vítrea intensa com buracos na retina. “O melhor diagnóstico é feito com um exame completo, que investiga toda a região interna do olho”, finaliza Kuchockowolec.