Ampliação e reforma da estrutura preparam Hospital para novos desafios

Ampliação e reforma da estrutura preparam Hospital para novos desafios
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Voltar os olhos para o passado do Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto significa reconhecer o esforço coletivo de centenas de companheiros Leões em prol da concretização da missão preconizada internacionalmente pelo Lions, que é a de servir o próximo. Mas, acompanhar a construção do presente e o projeto de futuro da instituição é ir além, buscando ferramentas para garantir que uma das maiores obras do leonismo no Sul do país continue beneficiando milhares de pessoas todos os anos.

É isso o que o projeto de ampliação e reforma da estrutura física do Hospital tem sido para as diretorias que se sucederam em sua gestão administrativa. “Todo o esforço dos fundadores, o trabalho de captar recursos, o início da obra, os primeiros atendimentos, as cirurgias, o sucesso dos tratamentos, a dedicação de todos os profissionais, o apoio dos clubes de Lions do Distrito, da Fundação Internacional, das comunidades atendidas. Tudo isso nos preparou para esse momento”, afirma o atual presidente do Hospital, Adelar Lucietto.

Quando o Hospital iniciou suas atividades, em 1999, depois de uma parceria bem sucedida entre a Fundação Internacional de Lions e a Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF), que concedeu o uso da área para o edificação do prédio, o volume de atendimentos era significativo. “Porém, o que tínhamos de estrutura era suficiente. Atendíamos dentro da nossa capacidade e com alta resolutividade nos serviços que oferecíamos. Transcorridos 18 anos, nós continuamos mantendo a excelência nos tratamento e no cuidado com a saúde da visão, mas a nossa capacidade física está no limite”, reconhece Lucietto.

Com a expansão demográfica da região e dos municípios que compõem o Distrito LD7 – mais de 70 – e o nível de qualificação atingido pelo Hospital em seu trabalho de tratar com responsabilidade e seriedade a visão dos pacientes, a demanda começou a crescer significativamente. Junto com isso, uma demanda reprimida no Sistema Único de Saúde (SUS) também começou a ser direcionada para a instituição. Mais pessoas começaram a conhecer a atuação desempenhada em Passo Fundo e a obra leonística tornou-se efetiva. “Fomos agregando mais especialidades, novos e modernos equipamentos, dispomos de um Centro de Diagnóstico altamente tecnológico e um centro cirúrgico muito elogiado pelos médicos, que também aperfeiçoam-se constantemente. E tudo isso sem expandir a área física. Em 2012, construímos um anexo e com isso mais consultórios, mas o espaço para receber pacientes continuou o mesmo. Para seguirmos crescendo precisávamos ampliar”, destaca o presidente da instituição.

 

O projeto

A necessidade de expandir a área construída foi sentida por todos os conselheiros do Hospital. Como explica Lucietto, nenhuma decisão é tomada de maneira isolada. “Todas as diretorias que ocuparam a função foram percebendo que a demanda ia crescendo além da capacidade física e que, em um determinado momento, o Hospital teria que expandir suas instalações. Isso ocorreu nos últimos anos, sobretudo quando iniciamos o processo de credenciamento para a realização dos transplantes de córneas”, defende ele, complementando que a elaboração do projeto arquitetônico segue os padrões sanitários de saúde e foi aprovado pela Fundação Internacional de Lions, uma das responsáveis pelo maior aporte de recursos para a execução da obra.

Em 2015, conta o presidente do Hospital, o presidente da Fundação visitou as instalações da instituição. “O CL [companheiro Leão] já conhecia o projeto de expansão e as nossas demandas, mas sua vinda ao Brasil deu a certeza maior que precisávamos. Ele conferiu o trabalho e isso impulsionou e fortaleceu ainda mais nossa missão”, argumenta Lucietto, acrescentando que “os recursos da Fundação já haviam sido transferidos e foi uma satisfação ver as máquinas e os operários e construtores começando a tornar realidade um projeto muito querido por todos”.

Atualmente, a Fundação Hospitalar Oftalmológica Universitária Lions – razão social do Hospital de Olhos – possui um terreno total de 4.000 m², com área física construída de 1.603 m², sendo 1.303 m² através do auxilio dos Clubes Lions do Distrito LD-7, Lions Internacional e demais Clube Lions da Região, e 303 m2 através de verba conseguida por parceiros da entidade junto ao Ministério da Saúde – Fundo Nacional da Saúde e Lions Internacional. A área total construída divide-se em recepção, salas de espera, salas de exames, consultórios, centro cirúrgico, administração e uma área nova para o centro de diagnóstico.

No final de 2015, a diretoria e a presidência do Hospital de Olhos obtiveram a aprovação do Projeto Arquitetônico e o Memorial Descritivo para a construção e ampliação do Centro Cirúrgico Ambulatorial, Ambulatório de Imagenologia, Processamento de Roupas e Centro de Material Esterilizado, com uma área total de 3.807.24 m². Elaborado pelo arquiteto e urbanista, Nino Roberto S. Machado, o projeto atende as necessidades atuais do Hospital, preparando-o para receber novos investimentos em equipamentos e agregando ainda mais qualidade aos serviços já prestados, como o transplante de córneas.

 

Etapas de construção

Efetivamente, a obra de ampliação do Hospital de Olhos iniciou em 2016, após todos os tramites burocráticos e licitatórios terem sido concluídos. Além da construção do novo espaço, que irá abrigar neste primeiro momento a área da lavanderia, o prédio atual passará por uma reestruturação completa. “Todos os nossos projetos passam pela aprovação dos conselhos. E os conselheiros concordam que essa é uma obra que deve ser feita de maneira muito responsável. Por isso, vamos fazê-la por etapas, a partir da nossa capacidade financeira. A reforma do prédio atual também inicia no primeiro semestre de 2017, com a execução de pelo menos 30% dela”, comenta Lucietto, complementando que ainda há em andamento a viabilização de três emendas parlamentares que irão possibilitar a reforma de quase toda a área existente. “Isso em um segundo momento”.

De acordo com ele, o projeto global de reforma e ampliação prevê que se passe dos atuais 1.640 m² construídos para 3.807 m². “O Hospital de Olhos foi projetado para um volume de atendimentos. Este volume foi superado. Há três anos, tomamos a decisão de promover essa ampliação para continuar oferecendo um serviço humanizado, qualificado e com alta resolutividade. As obras, além de dobrar a capacidade de atendimento, serão mais adequadas e confortáveis”, revela Lucietto, frisando que a conclusão projetada irá demandar um prazo maior de tempo. “Isso se deve ao fato de que o tamanho das mudanças demandam grandes somas de recursos. Nossa intenção é crescer, mas sem colocar o Hospital em uma situação financeira delicada. Por isso, trabalhamos a partir da nossa realidade, captando recursos necessários e que atendam essas demandas iniciais. Além do mais, não precisamos do todo concluído de imediato”.

Lucietto observa ainda que nesta primeira fase da obra estão sendo feitas apenas a parte estrutural, ou seja, as fundações, os pilares, lajes e coberto de mais 1325 m², utilizando basicamente a poupança composta por recursos do Hospital mantidos nos últimos anos. “Esses valores são oriundos das doações dos clubes e resultados do próprio Hospital. Somente nestas estruturas estão sendo investidos R$ 900.000,00”, declara.

 

Recursos

Para viabilizar a obra de ampliação do Hospital de Olhos todos os clubes de Lions do Distrito LD 7 e da Fundação Internacional de Lions estão contribuindo. “O início das obras se deu com a liberação de recurso pela Fundação Internacional de Lions, no valor de U$ 100.000,00, ocorrida no ano de 2016. Somou-se a este valor a participação dos clubes de Lions do LD 7, com U$ 27.243,70; e o mesmo valor de recursos do próprio Hospital”, enumera o presidente da instituição, frisando que esses valores estão sendo construído – com previsão de término para o primeiro semestre de 2017 – a primeira etapa da obra onde funcionará a lavanderia, com área de 217,50 m². “É sempre importante reforçar que a participação dos clubes de Distrito é em volume superior aos U$ 27 mil, uma vez que há anos vem sendo feitas doações para esta finalidade”.

 

Outras mudanças

Lucietto explica que, paralelamente a ampliação da área construída, o Hospital sofrerá mudanças estruturais no atual prédio, ampliando e melhorando de imediato o conforto dos pacientes e o número de atendimentos, porque a remodelação dará mais condições de acesso. “A lavanderia que hoje ocupa algumas salas do prédio será transferida, em definitivo, para a nova área. Com isso, haverá uma reforma e readequação no prédio aonde estão os consultórios. São mudanças internas que vão permitir importantes avanços”, defende o presidente.

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